Outubro, 2021

Sex01Out16:3018:00Evento finalizadoDecrescimento - Modelo alternativo e sustentável?16:30 - 18:00 Padaria do PovoTemas:Alterações climáticas,Comunidade,DecrescimentoTipo:Debate / Conversa,Palestra

Descrição

Num Planeta finito, a produção e o consumo não podem crescer de forma perpétua sem esgotar os recursos da Terra ou exceder a capacidade dos ecossistemas de lidar com as emissões e resíduos, sendo que a integridade desses mesmos ecossistemas está sob ameaça permanente de um sistema de acumulação material exponencial. Por este motivo, os movimentos sociais e académicos alinhados com o Decrescimento assumem que apenas uma reorganização radical dos sistemas socioeconómicos pode assegurar as condições de sobrevivência da espécie humana, assente no equilíbrio ambiental que assegura a estabilidade climática, a biodiversidade, e a sobrevida e recuperação dos ecossistemas.

A palavra ‘Decrescimento’ pode parecer peculiar ou provocar mal-entendidos. Mas ela existe em algumas línguas latinas, como no francês ou no italiano, onde “la décroissance” ou “la decrescita” se referem a um rio voltando ao seu fluxo normal após uma inundação desastrosa. O termo inglês “Degrowth” tornou-se comum para descrever o movimento após a primeira conferência internacional de Decrescimento em Paris, em 2008. Desde então, é ubíquo na literatura académica e nos órgãos de comunicação social, sendo também usado por movimentos sociais e profissionais.

Ao mesmo tempo, a utilização de um termo aparentemente polémico cria perturbações e entra em discussão e disputa constante, desafiando a lógica ilusória do sistema atual, em todas as suas vertentes, e resiste a ser cooptado pela promoção mercantil das agências de marketing político.

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Intervenientes

  • Hans Eickhoff

    Hans Eickhoff

    Médico, investigador e ativista. Doutorado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e doutorando em Ecologia Humana. Membro da Rede para o Decrescimento, da campanha ATERRA e da rede internacional Stay Grounded. Integra a equipa de organização do Festival Umundu Lx. Iniciou o seu ativismo político nos movimentos antinucleares e pacifistas e no partido Os Verdes na Alemanha. Dá por adquirido que o atual sistema social e económico de crescimento infinito, baseado no saque dos recursos do planeta e na exploração cruel da maioria dos seus habitantes para alimentar o consumo desenfreado de alguns, é ecológica e moralmente insustentável.

Organizações promotoras

Rede para o Decrescimento

A Rede para o Decrescimento, é um coletivo aberto, colaborativo, horizontal, apartidário e sem forma jurídica. Lançado em 2018, quer ligar todos os que se interessam, estudam, praticam ou defendem as propostas do decrescimento. Até meados de 2020, as atividades da Rede foram dinamizadas por dois núcleos, um em Lisboa e outro no Porto. A nossa atual estrutura e modo de funcionamento estão delineados num modelo de Orgânica Interna aprovado em Janeiro de 2021, que se pretende dinâmico e vivo, em permanente experimentação e evolução. As pessoas que constituem os nós da Rede mantêm-se ligadas através de ações conjuntas e continuadas, de aprendizagem individual e coletiva, e de reforço mútuo, que se concretizam através de Núcleos Locais (que desenvolvem dinâmicas ancoradas no território) e de Círculos (grupos de trabalho temáticos ou com funções específicas – p.ex. gestão interna ou comunicação). A acção da Rede tem como finalidades principais: fortalecer a capacidade de ação transformadora a nível pessoal e coletivo (num âmbito local, regional, nacional ou mundial); Intervir social e politicamente, com tomadas de posição públicas; disseminar as ideias, os valores e as propostas decrescentistas; criar espaços de reflexão e de ação, fortalecendo as relações interpessoais e o espírito de comunidade; desenvolver redes de entreajuda e de colaboração com movimentos afins (nacionais e/ou internacionais).

Medidas de contingência

Uso obrigatório de máscara
Distancia física obrigatória
Indicações adicionais Estão em vigor as normas de contingência da DGS.

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