Outubro, 2022
Descrição
Nesta Conversa Umundu dedicado aos 50 Anos da Conferência de Estocolmo vamos falar com cientistas, ativistas e intervenientes políticos sobre as transformações necessárias a nível individual e coletivo.
Descrição
Nesta Conversa Umundu dedicado aos 50 Anos da Conferência de Estocolmo vamos falar com cientistas, ativistas e intervenientes políticos sobre as transformações necessárias a nível individual e coletivo. Propomos uma reflexão sobre a forma de nos prepararmos para um futuro sem estabilidade climática e a necessidade de renunciar a estilos de vida assentes na economia fóssil e na exploração desenfreada dos recursos da Terra.
Em 1972, a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, mais conhecida como Conferência de Estocolmo, reconheceu que o ser humano interage com a natureza em várias dimensões, sendo ao mesmo tempo interveniente sobre o seu ambiente como o seu produto inseparável, tendo a declaração final sublinhado a importância da conservação e restauração ambiental. A conferência deu origem ao Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP na sigla inglesa), com sede em Nairobi, no Quénia, e ao Dia Mundial do Ambiente, assinalado pela primeira vez em 5 de junho de 1974.
Assinalaram-se agora os 50 anos da Conferência de Estocolmo com o evento “Estocolmo+50: um planeta saudável para a prosperidade de todos – a nossa responsabilidade, a nossa oportunidade”. Mas a realidade é bastante mais sombria do que o lema do evento faz supor. Nos últimos 50 anos, a destruição da biosfera e o aquecimento global progrediram de forma acelerada e aparentemente imparáveis, ameaçando tornar o planeta Terra inabitável para a espécie humana, a par de muitas outras espécies que já desapareceram da Terra ou estão em vias de extinção. Não há dúvidas quanto a responsabilidade humana e, de acordo com muitos cientistas, chegámos à época do Antropoceno. Será que já é tarde demais para atuar?
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Intervenientes
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Hans Eickhoff
Hans Eickhoff
Médico, investigador e ativista. Doutorado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e doutorando em Ecologia Humana. Membro da Rede para o Decrescimento, da campanha ATERRA e da rede internacional Stay Grounded. Integra a equipa de organização do Festival Umundu Lx. Iniciou o seu ativismo político nos movimentos antinucleares e pacifistas e no partido Os Verdes na Alemanha. Dá por adquirido que o atual sistema social e económico de crescimento infinito, baseado no saque dos recursos do planeta e na exploração cruel da maioria dos seus habitantes para alimentar o consumo desenfreado de alguns, é ecológica e moralmente insustentável.
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Joana Guerra Tadeu
Joana Guerra Tadeu
Ambientalista Imperfeita
Ativista pela justiça social e climática, tem uma rubrica nas manhãs da Antena 3, um podcast com reportagens, debates e entrevistas sobre sustentabilidade - Ambientalista Imperfeita - e mais de 20 mil seguidores no instagram dispostos a fazer mais pelo planeta e pelas pessoas. Cria conteúdos na área da ecologia e do impacto social e dá formações com objetivos de impacto social e ambiental positivos.
Ambientalista Imperfeita
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Luís Fazendeiro
Luís Fazendeiro
Físico de formação e investigador em energia e clima no CENSE, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde concluiu um doutoramento em alterações climáticas e políticas de desenvolvimento sustentável. Faz parte do Concelho editorial do jornal Le Monde diplomatique – edição portuguesa, onde tem publicado vários artigos sobre temas ambientais e crise climática. Activista pela justiça climática desde 2015, publicou ainda um livro de poesia na editora Douda Correria.
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Maria Paixão
Maria Paixão
Último Recurso
Assistente Convidada e Investigadora na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Acredita que a educação e a imaginação radical são a chave para uma sociedade melhor, o que a levou a dedicar-se ao ensino e à investigação. Tem investigado os deveres de proteção climática do Estado e explorado de que forma o Direito Ambiental, herdado do liberalismo capitalista, se pode transformar num Direito Ecológico - inclusivo e não utilitarista. Encontrou na Último Recurso o espaço ideal para unir o ativismo e o Direito em prol da luta pela Justiça Climática.
Último Recurso
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Susana Fonseca
Susana Fonseca
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
Doutorada em Sociologia pelo ISCTE – IUL. Foi investigadora na área da Sociologia do Ambiente no ISCTE-IUL e mais recentemente no ICS-ULisboa. É fundadora e membro da direção da organização não governamental de ambiente ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, desde janeiro de 2016, onde coordena a área “Sociedades Sustentáveis e Novas Formas de Economia” e onde atualmente colabora. Faz parte do grupo de fundadores da Coopérnico – Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável, CRL.
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
Organizações participantes
Umundu LxA palavra Umundu contém múltiplos sentidos. Foi construída a partir da tradução para o português da expressão “one world” (ou “Eine Welt” em alemão), muito utilizada no espaço anglo-saxónico, e que transporta a ideia de a humanidade ser uma única grande comunidade global. Esta expressão também inclui em muitos contextos o pensamento de sustentabilidade, ecologia e justiça social (especialmente no contexto da disparidade existente entre as nações desenvolvidas do norte e as nações em desenvolvimento do sul).
Hora
(Sexta) 18:00 - 19:30