Nesta 2ª edição do Festival Umundu propomos 4 temas de foco:
- “Afinal, o que é a sustentabilidade?“
- “Restauração de Ecossistemas“
- “DIY – Do it yourself (Faça você mesmo)”
- “Justiça Social e Ambiental“
Com as Conversas Umundu, distribuídos por 4 dias, para as quais convidámos diferentes personalidades do mundo do ativismo, académico e profissional, queremos, juntamente com o público, abordar e trocar ideias sobre os inúmeros assuntos relacionados com a transformação sustentável à luz destes temas de foco.
O programa completo está disponível aqui
Descrição
Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas e profissionais da área, num espaço aberto que convida à participação. No evento “Afinal, o que é
Descrição
Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas e profissionais da área, num espaço aberto que convida à participação.
No evento “Afinal, o que é sustentabilidade” tentamos desmontar um conceito que já se tem vindo a tornar um “chavão”. Quando Hans Carl von Carlowitz escreveu a sua obra “Sylvicultura Oeconomica” há 300 anos, dedicada à gestão de recursos florestais, terá sido uma primeira alusão ao conceito de sustentabilidade. No entanto, apenas a partir do início dos anos 1970 este assunto reapareceu verdadeiramente no discurso público, após a publicação do relatório ao Club of Rome “The Limits to Growth” (Os Limites do Crescimento) que demonstrou que com um modelo de desvolvimento baseado no crescimento económico o colapso seria inevitável dentro de 100 anos. Mas também seria possível mudar e atingir um estado de estabilidade ecológica e económica “sustentável”, face a um planeta com recursos finitos, e satisfazer, ao mesmo tempo, as necessidades de cada pessoa.
Tendo o Festival Umundu Lx como lema ser um “Festival para a Transformação Sustentável”, é preciso questionarmo-nos sobre o significado que esta palavra transporta atualmente e quanto da sua essência sobrevive num mundo inundado de publicidade e de discursos manipuladores, com a finalidade de fomentar o consumo. Será que podemos voltar a resgatar o verdadeiro sentido desta ideia fundamental para a sobrevivência da humanidade neste Planeta?
Participantes:
- Cristina Joanaz De Melo – Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade NOVA de Lisboa
- João Camargo– Climáximo
- Susana Fonseca – ZERO
- Victor Vieira – Lisboa E-Nova
- Inês Cosme (moderadora) – Link
Nota: Inscrições obrigatórias para o evento presencial. A participação no evento online não requer inscrições.
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Intervenientes
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Cristina Joanaz De Melo
Cristina Joanaz De Melo
Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade NOVA de Lisboa
Cristina Joanaz de Melo é Investigado do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Membro fundador da Rede Portuguesa de História do Ambiente (REPORTHA - 2015) Trabalha em história dos recursos naturais desde 1990s, em história contemporânea e moderna, secs XVIII a XX sobre recursos cinegéticos, hídricos e florestais em contextos europeus. Neste momento trabalha sobre a ideia de modelação de paisagens soluções ambientais no passado, procurando perceber como é que o fator antrópico manteve ou compensou quadros de degradação ambiental garantindo, no passado, legados ecológicos de futuro. Reflete nestes aspetos em: “Conhecer a intervenção humana no território e executar um futuro. Consultoria histórica da paisagem como ferramenta operativa” O Mundo na Europa. Crises e Identidades. Editora Húmus, Dezembro 2020. https://www.almedina.net/o-mundo-na-europa-crises-e-identidades-1612276508.html Obras recentes destacam-se Environmental History in the Making, 2 vols, Springer, 2017, coordenação e co-autoria de Como a Fénix Renascida – Matas, Bosques e Arvoredos (Séculos XVI-XX). Representações, Gestão, Fruição.Colibri 2020.
Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade NOVA de Lisboa
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Inês Cosme
Inês Cosme
Moderadora
Inês Cosme é doutorada em Estudos sobre a Globalização e formada em Engenharia do Ambiente, ambas pela Universidade NOVA de Lisboa. É investigadora no CENSE - FCT NOVA desde 2012 no grupo de Economia Ecológica e Gestão Ambiental, e é detém atualmente tarefas de gestão e comunicação de ciência no centro. No seu trabalho de investigação tem explorado a teoria e as práticas do decrescimento, investigando o papel de iniciativas bottom-up e top-down na transformação das relações económicas e sociais, e revelando de que forma estas podem contribuir para restaurar uma maior pluralidade de valores, cooperação e solidariedade na sociedade.
Moderadora
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João Camargo
João Camargo
Climáximo
João Camargo (Lisboa, 1983) foi jornalista, professor de Química e Botânica e técnico da LPN. É ativista do Climáximo, investigador na área de alterações climáticas e doutorado em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável. É autor dos livros Que Se Lixe a Troika, Manual de Combate às Alterações Climáticas e Portugal em Chamas - Como Resgatar as Florestas.
Climáximo
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Susana Fonseca
Susana Fonseca
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
Doutorada em Sociologia pelo ISCTE – IUL. Foi investigadora na área da Sociologia do Ambiente no ISCTE-IUL e mais recentemente no ICS-ULisboa. É fundadora e membro da direção da organização não governamental de ambiente ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, desde janeiro de 2016, onde coordena a área “Sociedades Sustentáveis e Novas Formas de Economia” e onde atualmente colabora. Faz parte do grupo de fundadores da Coopérnico – Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável, CRL.
ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável
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Victor Vieira
Victor Vieira
Lisboa E-Nova
Engenheiro do ambiente tendo vindo a trabalhar nos últimos dois anos em vários projetos relacionados com Sustentabilidade e Economia Circular na Câmara Municipal de Lisboa e na Agência de Energia e Ambiente de Lisboa: Lisboa E-nova. Foi responsável durante vários anos pela área de gestão de resíduos na cidade de Lisboa. Pessoalmente, confessa-se eternamente fascinado com o equilíbrio dos sistemas planetários e com o fluxo de recursos e materiais nas cidades. Adoraria poder assistir ao dia em que a palavra "lixo" passa a ter apenas um significado histórico em todos os léxicos. Momento em que todos os produtos e materiais terão um valor e função efetivos enquanto matérias primas secundárias e alcançámos os objetivos pretendidos de implementação de sociedades circulares e Zero Desperdício.
Lisboa E-Nova
Organizações promotoras
UMUNDU Lx
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Organizações participantes
ClimáximoOlá! Somos um grupo de ativistas preocupado com as alterações climaticas e com as consequências destas na humanidade. Lutamos contra os combustíveis fósseis em direção a uma transição justa para energias sustentáveis, utilizando para isso ações de rua, protestos, ações de desobediência civil, entre outros. climaximo@riseup.net
Lisboa e-NovaA Lisboa E-Nova – Agência de Energia e Ambiente de Lisboa é uma associação de direito privado sem fins lucrativos que tem como finalidade promover o desenvolvimento sustentável de Lisboa e respetiva área metropolitana, Numa perspetiva integradora de medidas de adaptação às alterações climáticas e ações de mitigação, e apoiando a inovação e o desenvolvimento de projetos que permitam a redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), a Lisboa E-Nova trabalha com vista a uma cidade de baixo carbono e menos vulnerável aos efeitos do clima futuro. Uma cidade que seja um exemplo a seguir no caminho da descarbonização e que se foque no bem-estar do cidadão e das gerações futuras. Ao assumir-se como um ator chave da cidade na prossecução dos objetivos nacionais e internacionais de energia e clima para 2030 e 2050, a Lisboa E-Nova, estrutura as suas áreas de atuação estratégica em três grandes eixos: Energia, Água e Materiais que, quando abordados em conjunto, consubstanciam a área da Economia Circular, acompanhados por outros três eixos horizontais: Educação, Comunicação e Ciência dos Dados.
Umundu LxA palavra Umundu contém múltiplos sentidos. Foi construída a partir da tradução para o português da expressão “one world” (ou “Eine Welt” em alemão), muito utilizada no espaço anglo-saxónico, e que transporta a ideia de a humanidade ser uma única grande comunidade global. Esta expressão também inclui em muitos contextos o pensamento de sustentabilidade, ecologia e justiça social (especialmente no contexto da disparidade existente entre as nações desenvolvidas do norte e as nações em desenvolvimento do sul).
ZERO - Associação Sistema Terrestre SustentávelA ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável é uma associação de âmbito nacional sem fins lucrativos, que actua em diversas áreas ambientais procurando o equilíbrio entre ambiente, sociedade e economia, com o objectivo de promover um desenvolvimento sustentável e o bem-estar para todos.zero@zero.ong
Hora
(Sexta) 19:00 - 21:00
Medidas de contingência
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Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas
Descrição
Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas e profissionais da área, num espaço aberto que convida à participação.
No Dia Mundial do Ambiente, em 5 de junho, foi lançada a Década da Restauração dos Ecossistemas pelas Nações Unidas cujo objetivo é reunir cidadãos, governos e empresas em torno de um objetivo comum: prevenir, deter e reverter a destruição dos espaços naturais que suportam a vida na terra quando já não é suficiente apelar a mera proteção da Natureza.
Vamos abordar os mecanismos que estão a provocar a degradação dos ecossistemas do Planeta e tentar entender o que podemos fazer para que as ações humanas passem a ter um papel regenerador. Depois de falar do estado dos ecossistemas a nível global, teremos oportunidade de debater o que acontece em Portugal e que bons exemplos de projetos inspiradores estão em curso perto de nós.
Participantes
- Paulo Magalhães – Common Home of Humanity
- Catarina Grilo ou Rui Barreira – Associação Natureza Portugal/WWF
- Catarina Joaquim – Dias nas Árvores
- Marta Cortegano – Laboratório do Futuro para a Transição Agroecológica
- Inês Costa Pereira (moderadora) – Caravana AgroEcológica
Nota: Inscrições obrigatórias para o evento presencial. A participação no evento online não requer inscrições.
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Evento online
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Intervenientes
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Catarina Grilo
Catarina Grilo
Associação Natureza Portugal/WWF
Bióloga marinha, e atualmente Diretora de Conservação e Políticas na ANP, uma ONG de ambiente portuguesa que trabalha em associação com a WWF (ANP|WWF) num leque alargado de temas de conservação (vida selvagem, oceanos, água, florestas, alimentação, clima e energia). Ao longo da sua carreira, tem trabalhado numa variedade de organizações (setor público, setor privado, sem fins lucrativos, academia, filantropia) em diferentes continentes. O seu trabalho tem-se focado em assuntos ambientais na fronteira entre ciência e políticas públicas, e especificamente nas dimensões humanas de conservação marinha e pescas. Recebeu uma menção honrosa do Prémio Terre de Femmes em 2015 pelo seu papel na criação em Portugal da primeira pescaria apoiada pela comunidade (community-supported fishery), um circuito curto de comercialização de pescado estabelecido em parceria entre pescadores e uma ONG de ambiente.
Associação Natureza Portugal/WWF
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Catarina Joaquim
Catarina Joaquim
Dias nas Árvores
Amante da natureza e deste planeta que habitamos, cedo percebi que era neste enclave da relação do ser humano com o restante mundo natural que eu queria estar. Sou agrónoma por vocação, e vejo os sistemas agrícolas como sistemas naturais, integrando todas as dimensões do mundo natural, sejam elas a dimensão geológica, hidrológica, biológica, energética, ou outra. A vida desenrola-se e as perspectivas alteram-se, mas a necessidade da produção de alimentos continua a ser uma uma premissa inalterada. No âmbito dos nossos projectos, já produzimos hortícolas e actualmente produzimos frutas diversas, inicialmente em agricultura biológica, actualizada ao longo do tempo com a permacultura e a agricultura regenerativa. Em 2013/14 plantámos o nosso pomar, diverso em espécies e variedades, planeado em sistema keyline, num solo extremamente empobrecido pelas actividades agrícolas das décadas (ou séculos) que nos precederam. Hoje é já um local que alimenta uma extensa vida natural, para além das pessoas.. Aprendemos muito, sabemos muito pouco. Continuamos a aprender. Há alguns anos iniciámos as actividades de formação e de consultoria, sempre em agricultura biológica e/ou regenerativa, porque sabemos que entendendo e trabalhando com os processos naturais potenciamos a energia dos sistemas e permitimos o incremento dos resultado0 obtidos. Isto é válido em todas as situações. As grandes dificuldades encontradas no mundo actual derivam de nós, humanos, termos começado a ver-nos e às nossas actividades como separados do mundo natural, e deixado de entender como todos funcionamos através dos fluxos ou ciclos naturais. Estamos aqui presentes para resgatar a agricultura para o que já foi e deveria voltar a ser - um desvio de um braço do vasto rio de energia vital e abundância da natureza, para a utilização dos seus processos na produção de alimentos necessários à humanidade.
Dias nas Árvores
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Inês Costa Pereira
Inês Costa Pereira
Caravana AgroEcológica
Arquitecta Paisagista, doutoranda em Ciências da Sustentabilidade. Trabalha na Faculdade de Ciências desde 2019 no grupo de investigação MITE2 no projeto Caravana AgroEcológica, onde é uma das responsáveis pela implementação e agilização das atividades e projetos desenvolvidos. Para além disso faz parte do movimento de cidadãos de Campo de Ourique, o CampOvivo, onde colabora nos projetos ambientais e na ligação com as escolas do bairro.
Caravana AgroEcológica
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Marta Cortegano
Marta Cortegano
Projeto Sintrópico Mértola
Engenheira Florestal, pelo Instituto Superior de Agronomia e doutoranda em Ciências da Sustentabilidade, pela Universidade de Lisboa. Em 2004 migrou de Sintra para Mértola, com o sonho de ajudar a valorizar o interior sul de Portugal e desde aí tem implementado e coordenado projetos e estratégias de desenvolvimento territorial, sendo atualmente Coordenadora de Projetos na ESDIME.Em 2015 fundou a Associação de Empresários do Vale do Guadiana. Em 2017 cofundou a Associação Terra Sintrópica com o objetivo de impulsionar a transição agroecológica e a regeneração pelo uso e de procurar soluções inovadoras e uma mudança de paradigma que permita uma visão holística e transversal, face aos principais desafios societais, essencial para a sustentabilidade dos sistemas alimentares e do planeta, desenvolvendo ação local estratégica, que se replica, reinventa e multiplica, inspirando novos atores e escalonando o poder de ação, rumo à transição para a sustentabilidade.Projeto Sintrópico Mértola
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Paulo Magalhães
Paulo Magalhães
Common Home of Humanity
Jurista e investigador no CIJE- Centro de Investigação Jurídico-Económica - Universidade do Porto, Licenciado pela Universidade Católica do Porto, Doutorado em Ecologia Humana na Universidade Nova de Lisboa, Pós-Doutorado na Faculdade de Direito da Universidade do Porto com trabalho sobre o estatuto jurídico do Clima. É Presidente e fundador da Casa Comum da Humanidade e coordenador do Projeto Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses da Zero. É Conselheiro do CNADS – Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável, e coordenador do Climate Working Group da Earth System Law Task Force.
Common Home of Humanity
Organizações promotoras
Organizações participantes
ANP (Associação Natureza Portugal/WWF)A Associação Natureza Portugal é uma ONG de Ambiente portuguesa, sem fins lucrativos, que visa a conservação da natureza e a proteção do planeta, trabalhando em parceria e estando alinhada com a missão internacional da WWF – World Wide Fund for Nature, de criar um futuro em que as pessoas e a natureza vivam em harmonia
Associação Terra SintrópicaA Associação Terra Sintrópica está localizada em Mértola, uma localidade do sudeste alentejano com clima semiárido e uma elevada vulnerabilidade à desertificação e alterações climáticas. É uma região de clima seco, com elevadas temperaturas estivais e uma das regiões mais afetadas pela seca em toda a Europa, aspeto severamente agravado por todos os cenários climáticos. Com estas condições, não é de estranhar que Mértola esteja entre as regiões da Europa com maior suscetibilidade à desertificação.
Caravana AgroEcológicaCaravana AgroEcológica - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais ce3c, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A Caravana AgroEcológica é uma iniciativa que vem dar resposta à necessidade de dar a conhecer a importância da agroecologia em Portugal. Projectos em desenvolvimento: -Dia dos Produtores -Rotas da Caravana AgroEcológica -Hortas nas Escolashttps://www.instagram.com/caravana_agroecologica/ caravana20@fc.ul.pt
Casa Comum da HumanidadeA CCH tem como principal objetivo contribuir para reconhecer juridicamente um estado de funcionamento do Sistema Terrestre que corresponda a um Clima Estável como Património Comum da Humanidade. O reconhecimento de um Património Comum Imaterial que atravessa todas fronteiras, que pertence a toda a humanidade e a todas as gerações, deverá vir a ser a base estrutural para a construção de uma economia regenerativa da natureza e de um novo sistema de governança global para a Humanidade https://www.commonhomeofhumanity.org/ ).
Dia nas ÁrvoresO modelo de agricultura do século XX, que nos trouxe até ao ponto em que nos encontramos hoje, foi muito eficiente no aumento da produção de alimentos, mas fê-lo através de modelos e paradigmas que justificavam a destruição do meio natural como um efeito colateral do aumento da sobrevivência humana. Hoje, a perceção mudou. Já compreendemos que todos somos meio natural, que a produção de alimentos, roupas, produtos utilitários e energia têm de estar em equilíbrio com a capacidade produtiva da natureza. Já compreendemos que, com a velocidade a que estamos a destruir a biosfera que habitamos, estamos a destruir o nosso bem-estar e as fontes de saúde, de energia e de alimento. Compreendemos também que estávamos errados. Ao contrário dos paradigmas anteriores, os novos paradigmas dizem-nos que podemos trabalhar positivamente, aceitando e incrementando a capacidade produtiva da natureza, recuperando solos, ciclos de água e nutrientes, prados e florestas, linhas de água e zonas húmidas, e que isto nos traz mais e melhor alimento, mais e melhor produção, mais e melhor rendimento, mais e melhor qualidade de vida. Dias Nas Árvores é um projeto de agricultura biológica e regenerativa em constante atualização. Uma agrónoma/bolseira de investigação científica e um jornalista, desiludidos com o alcance dos seus trabalhos, amantes da natureza e preocupados com a qualidade do solo e da alimentação, resolveram dedicar-se à produção de alimentos de qualidade (fruta e hortícolas), recuperando, em simultâneo um solo degradado resultante da desflorestação do início do século XX.
Movimento Juntos Pelo SudoesteO Movimento Juntos Pelo Sudoeste é um movimento apartidário de cidadãos de Odemira e Aljezur preocupados com a situação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) face ao avanço da agro-indústria num modelo agrícola intensivo com culturas de estufas e plástico. .
Umundu LxA palavra Umundu contém múltiplos sentidos. Foi construída a partir da tradução para o português da expressão “one world” (ou “Eine Welt” em alemão), muito utilizada no espaço anglo-saxónico, e que transporta a ideia de a humanidade ser uma única grande comunidade global. Esta expressão também inclui em muitos contextos o pensamento de sustentabilidade, ecologia e justiça social (especialmente no contexto da disparidade existente entre as nações desenvolvidas do norte e as nações em desenvolvimento do sul).
Hora
(Sábado) 19:00 - 21:00
Medidas de contingência
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Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas e profissionais da área, num espaço aberto que convida à participação. O evento “DIY – Do It
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Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas e profissionais da área, num espaço aberto que convida à participação.
O evento “DIY – Do It Yourself! Faz tu mesmo!” aborda um conceito que tem história e uma diversidade de significados, dependendo do contexto, seja ele político, artístico ou prático. No entanto, num mundo cada vez mais consumista e materialista, onde o Ter substitui o Ser, onde o lucro está acima de valores sociais, e o Planeta acaba por ser visto como fonte interminável de recursos, o DIY ganha uma nova dimensão de afirmação política.
Arranjar uma tostadeira, plantar alimentos na horta do bairro, produzir a sua eletricidade solar, participar numa cooperativa de consumo, programar o seu software, entre muitos outros exemplos, é mais que uma moda, um passatempo, ou “coisa de idealistas”. É a expressão de um novo paradigma, de um movimento de pessoas que se recusam a aceitar a realidade destrutiva e desperdiçadora do atual sistema. É uma forma de protesto e de revolta, demonstrando que as alternativas existem e são possíveis. Sendo o próprio Festival Umundu resultado do “Faz tu mesmo”, convidámos quatro pessoas que decidiram por a mão na massa, iniciaram ou estão envolvidos em projetos DIY, e irão falar das suas motivações, experiências e visões de um mundo mais DIY.
Participantes:
- Miguel Carvalho – Cicloficina dos Anjos
- Inês Clematis– Horta do Mundo Permacultura
- João Fialho – Cooperativa Rizoma
- Judit Morello – Cooperativa de habitação “A Aldrava”
- João Neves – Fábrica das Alternativas (Moderação)
Nota: Inscrições obrigatórias para o evento presencial. A participação no evento online não requer inscrições.
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Intervenientes
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Inês Clematis
Inês Clematis
Inês Clematis, artista plástica licenciada em Pintura. Certificada em Educação Artística, Educação em Permacultura, Consultoria em Design de Permacultura, Culinária Ayurveda e Técnica de Desenvolvimento Comunitário. Coordenadora da Horta do Monte - Projeto Comunitário entre 2010 e 2013. Co-fundadora da Horta do Mundo Permacultura, em 2013.
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João Fialho
João Fialho
Cooperativa Rizoma
Doutorando e investigador em Economia Política no ISCTE-IUL, co-fundador da Rizoma Cooperativa Integral e membro dos seus Grupos de Trabalho de Governança e Finanças.
Cooperativa Rizoma
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João Neves
João Neves
Moderador
Um curioso pela regeneração de ecossitemas que procura compreender as inúmeras filosofias e técnicas que têm surgido nas últimas décadas, bem como, pelos projectos que procuram aplicá-las em proveito de uma planeta mais sustentável. Ocupa uma boa parte dos seus tempos livres na criação e manutenção de um espaço hortícula em contexto urbano e participa noutros em regime de voluntariado. Procura a partilha de experiências e a entreajuda que estas iniciativas poderão propiciar.
Moderador
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Judit Morello
Judit Morello
Coletivo-Cooperativa Aldrava
Madrileña mas Lisboeta há nove anos. À procura de alternativas de habitação mais justas, dignas e coletivas. Faço parte do coletivo-cooperativa Aldrava.
Coletivo-Cooperativa Aldrava
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Miguel Carvalho
Miguel Carvalho
Cicloficina dos Anjos
O Miguel está ligado ao ativismo ambiental e ciclável há largos anos, tendo colaborado em vários coletivos. Em 2011 esteve na criação da Cicloficina dos Anjos, onde é membro ativo até hoje. É professor de economia e ciclista urbano desde que se lembra.
Cicloficina dos Anjos
Organizações promotoras
Organizações participantes
Coletivo-Cooperativa AldravaA Aldrava é um coletivo (futura Cooperativa de Habitação) que visa implementar projetos de habitação sustentáveis e colaborativos baseados no modelo de propriedade coletiva em direito de uso.
Cooperativa RizomaCooperativa Integral com uma mercearia comunitária e participativa, que procura criar uma rede de abastecimento alimentar saudável, sustentável, ecológica e justa, com preços acessíveis para o consumidor e justos para o produtor. Constituída por cerca de 180 membros, organizados horizontalmente em grupos de trabalho. geral@rizomacoop.pt
Horta do Mundo PermaculturaSomos um coletivo de Permacultores que, através de diversas atividades, visa promover estilos de vida saudáveis e sustentáveis. Com um espírito criativo e construtivo, juntos encontramos soluções que contribuem para uma sociedade mais humana e responsável ao nível social, cultural e ambiental.
Umundu LxA palavra Umundu contém múltiplos sentidos. Foi construída a partir da tradução para o português da expressão “one world” (ou “Eine Welt” em alemão), muito utilizada no espaço anglo-saxónico, e que transporta a ideia de a humanidade ser uma única grande comunidade global. Esta expressão também inclui em muitos contextos o pensamento de sustentabilidade, ecologia e justiça social (especialmente no contexto da disparidade existente entre as nações desenvolvidas do norte e as nações em desenvolvimento do sul).
Hora
(Domingo) 19:00 - 21:00
Medidas de contingência
Descrição
Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas e profissionais da área, num espaço aberto que convida à participação. O evento “Justiça Social e Ambiental”
Descrição
Nas Conversas Umundu vamos falar com académicos, ativistas e profissionais da área, num espaço aberto que convida à participação.
O evento “Justiça Social e Ambiental” foca no atual modelo de desenvolvimento das sociedades do Norte global que assenta no crescimento económico exponencial e tem vindo a aumentar o fosso entre os mais pobres e os mais ricos, tanto dentro das próprias sociedades como entre países. Em 2020, um grupo de pouco mais de 2000 super-ricos dispunha de tanta riqueza como 60% da população mais pobre quando apenas 1% da população mundial causa o dobro da emissão de CO2 dos 50% mais pobres, sendo assim responsável por uma parte largamente desproporcional do aquecimento global. No entanto, são os mais pobre e os países do Sul global que mais sofrem com as alterações climáticas em curso, tanto pelas secas extremas como pelas inundações derivadas por chuvas torrenciais. Ao mesmo tempo, o extrativismo de matérias primas essenciais para o fabrico dos equipamentos do “mundo moderno” ou a importação e produção de alimentos deteriora de forma catastrófica os ecossistemas do Sul global e destrói os meios de subsistência e o modo de vida dos povos indígenas.
Assim, coloca-se a questão como podemos, enquanto cidadãos contribuir para a transformação necessária? E como podemos criar formas alternativas de viver, apoiadas na participação democrática e na comunidade, para promover mais justiça social e ambiental, aprofundando valores como o direito ao cuidado, a solidariedade, a autonomia e a liberdade?
Participantes
- Yann Roubiou du Pont – Climate Analytics (por videomensagem)
- Rafael Calado – UrbanA
- Diogo Martins – Greve Climática estudantil
- Laura Cardoso e Cunha – Juntos pelo Sudoeste
- Hans Eickhoff (moderador) – Equipa de organização do Festival Umundu Lx
Nota: Inscrições obrigatórias para o evento presencial. A participação no evento online não requer inscrições.
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Diogo Martins
Diogo Martins
Moderador
Sou o Diogo Martins, vivo em Albufeira, mas sou natural de Alte. A causa climática sempre me interessou desde novo e cada vez fui ganhando mais consciência sobre as verdadeiras causas e dimensões da crise climática. Tenho orgulho em fazer ativismo na Greve Climática Estudantil porque estou consciente de que não há planeta b e é preciso agir agora e coletivamente.
Moderador
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Hans Eickhoff
Hans Eickhoff
Médico, investigador e ativista. Doutorado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e doutorando em Ecologia Humana. Membro da Rede para o Decrescimento, da campanha ATERRA e da rede internacional Stay Grounded. Integra a equipa de organização do Festival Umundu Lx. Iniciou o seu ativismo político nos movimentos antinucleares e pacifistas e no partido Os Verdes na Alemanha. Dá por adquirido que o atual sistema social e económico de crescimento infinito, baseado no saque dos recursos do planeta e na exploração cruel da maioria dos seus habitantes para alimentar o consumo desenfreado de alguns, é ecológica e moralmente insustentável.
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Laura Cunha Tschampel
Laura Cunha Tschampel
Juntos pelo Sudoeste
Activista no movimentomovimento de cidadãos preocupados com a situação que se vive no sudoeste alentejano.
Juntos pelo Sudoeste
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Rafael Calado
Rafael Calado
UrbanA
Arquiteto. Coordenador da Programação do FabLab Lisboa (laboratório de prototipagem digital) e do BioLab Lisboa (laboratório de ciência cidadã) Fellow na Urban Arenas for Sustainable and Just Cities, Co-Fundador e coordenador do Repair Café Lisboa, Mentor do projeto Reviravolta - Centro de Economia Circular, associado do European Creative Hubs Network.
UrbanA
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Yann Roubiou du Pont
Yann Roubiou du Pont
Climate Analytics
Yann é um investigador da quantificação da justiça e ambição climáticas, procurando harmonizar abordagens de equidade entre escalas, atores e disciplinas. Na Climate Analytics, ele informa casos de litígio e delegações de países sobre a ambição das promessas climáticas e sobre contribuições nacionais justas para alcançar o Acordo de Paris. A nível regional, está a trabalhar no alargamento do conceito de equidade para definir percursos de emissões alinhados com o Acordo de Paris a nível de cidades. Após diversos trabalhos em investigação polar, hidrologia, cosmologia e oceanografia, Yann obteve o seu doutoramento na Universidade de Melbourne, quantificando as trajetórias de emissões para os países se alinharem com o Acordo de Paris. Este trabalho informou diretamente as metas de emissões dos governos, as equipas diplomáticas para as negociações climáticas, e ainda o litígio contra países e empresas.
Climate Analytics
Organizações promotoras
Hora
(Segunda) 19:00 - 21:00
Estou muito interessada nos debates
Estimada Odete,
para poder participar presencialmente, não se esqueça de inscrever.
Cumprimentos.
Boa tarde,
gostaria de participar ou ter acesso ao evento.
Não estou disponível nesses dias.
Posso ter acesso aos conteúdos mais tarde.
obrigada
Sim, será possível ver ao vivo ou rever posteriormente no nosso canal de Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCDozni2lUwKUaUpUZi7t2cw